ANTICONCEPÇÃO

Anticoncepção ou contracepção é o uso de métodos que evitem uma gestação indesejada. Por muitos séculos não existiu praticamente nenhum dos métodos que usamos hoje, mas a partir de a década de 1960 com a invenção da primeira pílula anticoncepcional a mulher passou a poder evitar engravidar de forma acessível e segura. Infelizmente, mesmo atualmente algumas mulheres não tem acesso ou não conhecem os melhores métodos para o seu caso.
A escolha de um método contraceptivo é uma decisão muito importante na vida da mulher, e o aconselhamento médico é fundamental para que se ajuste ao seu perfil e as suas expectativas. Vale lembrar: todo método e toda a escolha tem suas vantagens e desvantagens. Não é por existirem problemas (em geral raros) que não devemos usar métodos contraceptivos! Poder planejar uma gravidez é um grande avanço – mesmo que essa responsabilidade deva ser dividida entre homens e mulheres, são elas as mais prejudicadas com uma gestação inoportuna.
Os métodos podem ser definitivos ou reversíveis (de curta ou longa duração), hormonais ou não-hormonais. Além disso, existem diferentes vias de administração: oral, transdérmica (adesivo), vaginal, intrauterino… As possibilidades são muitas! É fundamental discutir com seu ginecologista para escolher o que mais se adapta ao seu caso.
Dúvidas comuns sobre anticoncepcionais:
O que são LARCs?
É a sigla de Long-Acting Reversible Contraception. São métodos reversíveis, mas de longa duração. São altamente eficazes pois sua segurança não depende do uso regular da usuária, e não está sujeito a esquecimentos. Muito desejáveis e práticos para quem não tem desejo de engravidar em 1 ou 2 anos.
São LARCs: os DIUs (hormonais e não-hormonais) e o Implante de etonorgestrel (Implanon®)
Os anticoncepcionais podem falhar?
Não existe nenhum método completamente sem falhas, mas em geral são taxas muito baixas quando usados corretamente.
Como a pílula deve ser tomada?
Depende do tipo de pílula. Algumas pílulas são usadas diariamente por 21 dias com pausa de 7 dias, outras usadas diariamente por 24 dias com pausa de 4 e outras devem ser usadas diariamente, sem pausas. Após escolher o melhor tipo de pílula para você junto ao seu médico, não esqueça de tirar as dúvidas sobre detalhes do uso.
A pílula deve ser tomada regularmente, de preferência no mesmo horário, exceto nos dias de pausa (quando se faz pausa).
Depois de quanto tempo a pílula faz efeito?
Se você começar a tomar no primeiro dia do ciclo menstrual, e usar corretamente conforme a orientação médica, já estará protegida. Se começou no meio do ciclo, o impedimento da ovulação poderá acontecer apenas no próximo ciclo.
Após algum tempo usando pílula, é necessário fazer uma pausa?
Não, esse é um conceito antigo. Atualmente sabemos que uma mulher adaptada ao uso da pílula por vários anos tem baixo risco de efeitos indesejáveis. Ao realizar pausas e retornos ao uso da pílula os efeitos colaterais podem ser inclusive mais frequentes.
Os anticoncepcionais diminuem a fertilidade? E se usados por muito tempo?
Nenhum anticoncepcional tem o efeito de reduzir a fertilidade a longo prazo, apenas durante o uso. Após suspender o anticoncepcional, você estará em chance de engravidar.
O que se sabe é que com o passar do tempo a fertilidade da mulher diminui, independente do uso de anticoncepcionais, então é importante se planejar dentro do possível. Pense a respeito dos seus planos de engravidar – se quer em pouco tempo, a médio prazo, ou se não quer nunca – para melhor escolha de método e planejamento familiar.
Métodos Anticoncepcionais
Divisão resumida dos principais métodos contraceptivos. Legenda: E = estrogênio, P = progestagênio.
Destacados em verde os métodos de longa duração (LARC – Long-Acting Reversible Contraception)
Conhecendo os principais métodos:
Métodos Definitivos:
Laqueadura tubária (para as mulheres) e vasectomia (para os homens) São métodos cirúrgicos, indicados para quem tem o plano definitivo de não ter mais filhos. Apesar de serem invasivos, hoje em dia são cirurgias simples com baixo risco de complicação. Difícil reversão para quem muda os planos, ainda que seja possível em alguns casos.
Métodos de Barreira:
Preservativo: ÚNICO MÉTODO CAPAZ DE PREVENIR DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. Por ter esse papel, está sempre indicado como proteção contra DST ainda que você use outro método contraceptivo.
Existe o preservativo masculino, que é mais conhecido, barato e popular e também o preservativo feminino – mais difícil de encontrar e um pouco mais caro.
Métodos Comportamentais:
Preservativo Feminino
Imagem de preservativo feminino
São a tabelinha, o coito interrompido, o método do muco cervical e da temperatura basal. Apesar de a tabelinha e o coito interrompido serem muito populares, são métodos com alta taxa de falha: cerca de 25% de falha em um ano de uso, ou seja, de cada 100 mulheres que utilizam esse método para evitar gravidez, cerca de 25 engravidarão em um ano.
Dispositivo Intrauterino (DIU):
Os DIUs podem ser divididos em:
– Não-hormonais (Cobre e cobre com prata)
– Hormonais (Levonorgestrel 52mg e Levonorgestrel 19,5mg).
São contraceptivos reversíveis de longa duração (LARC), o que é muito prático e desejável para mulheres sem desejo reprodutivo nos próximos anos. São altamente eficazes pois não estão sujeitos a variáveis como esquecimento, interação com outras medicações etc.
Mais detalhado neste link
Métodos Hormonais (sistêmicos):
São métodos com progestagênios (hormônios da família da progesterona) exclusivos ou associados a estrogênios. Funcionam principalmente através de dois mecanismos:
Por bloquearem a ovulação, algumas mulheres devem usar os hormônios para tratamento de outras condições: tensão pré-menstrual, acne, sangramento uterino aumentado ou irregular, síndrome de ovários policísticos.
Apesar de o uso de anticoncepcionais hormonais encontrar resistência por parte de algumas mulheres, devemos lembrar que quando bem indicado e usado corretamente, os efeitos colaterais são raros e podem ser manejados no acompanhamento regular com ginecologista.
Métodos hormonais combinados de estrogênios e progestagênios (E+P)
São métodos muito populares, quando falamos de “pílula”, em geral estamos falando de anticoncepcional hormonal oral combinado. Muito benéficos no tratamento de acne e da Síndrome de Ovários Policísticos, pois reduzem a testosterona livre circulante. Também muito úteis para controle da TPM, pelo bloqueio da ovulação.
Tem diversas vias de administração:
Imagem de anel vaginal
Anel Vaginal
Imagem do adesivo
Métodos hormonais de progestagênios isolados (P)
Também tem diversas vias de administração:
Adesivo Hormonal
São métodos muito usados para quem não pode ou não quer usar o estrogênio. A desvantagem desses métodos é que, pelo uso contínuo, os sangramentos não são programados, apesar de em geral serem de pequeno volume, tipo escape. Além disso, não são a primeira escolha para tratamento de Síndrome de Ovários Policísticos ou como auxiliares no tratamento da acne.
Imagem do implante
Implante Hormonal

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